Lar doce Lar!

Dúvidas!
Promessas!
Momentos!
Dívidas!
Agora eu sou decoradora.
Com muito amor e carinho, vou reconstruir a minha casa.
Juntar todos os seus pedaços e fazer com que alguém queira conhecê-la.
Vou pintar as paredes, trocar os móveis, jogar fora os velhos quadros e empurrar toda a poeira pra baixo do tapete.
Nessa casa, alguém sempre toca a campainha, mas nem todos entram.
Certas pessoas, eu até convido pra tomar um chá, mas são poucas as que voltam outro dia.
Mas as que voltam e demonstram gostar de sua decoração, nunca mais deixam de visitá-la e assim, tornam-se freqüentadores assíduos.
Alguns quebram um vaso ou derrubam suco no sofá, a gente finge que esqueceu, mas sempre haverá uma mancha vermelha do suco de morango e um espaço vazio no lugar do vaso.
Substituo o vaso quebrado, por um arranjo de flores que ganhei de um dos visitantes, mas com o tempo, as flores murcham e morrem.
É uma casa alegre, nem sempre feliz, mas alegre.
Quem gosta da minha casa, por opção, sempre que pode dá uma passadinha por aqui trazendo um pouco mais de cor e vida.
E assim, a casa vai crescendo.
Cada reforma, um cômodo novo ou um a menos.
Mas sempre resistente.
E quanto mais o tempo passa, com essa coisa de aquecimento global, um dia a casa é quente, no outro, extremamente fria e assim, a meteorologia, trata de fazer a sua parte.
Não é uma casa de alvenaria, mas também não é de palha.
Por fora talvez um lixo, um caco, caindo aos pedaços, só o pó, mas surpreendente por dentro.
A casa suporta as mais terríveis ventanias, mas nem sempre, está preparada para a tempestade.
Mas se ela cai, eu a refaço e os adoradores mais sinceros, me ajudam.
E assim, a casa vai indo.
Mais forte, resistente, renovada e com novos freqüentadores, jamais esquecendo os antigos que fazem aquela visitinha quando podem.
E se quiser conhecer, anote o endereço:
R. Brokenhearts, 25, Bairro Maria das Dores, no extremo sul de Paixolandia.

Aguardo visitas.