De que vale minha rebeldia?

Certo dia entrei no MSN, mas não convém falar o dia até porque eu nem lembro.
Enquanto via quem estava online, um nick me chamou a atenção, fazendo com que eu parasse para pensar por algumas horas.
A questão é: “De que vale a minha rebeldia?”
Pensei.
E sinceramente, talvez não tenha encontrado motivos que convençam as pessoas que me conhecem pouco ou que nem me conhecem a entender o motivo desse rótulo.
Às vezes eu mesmo não entendo.
Mas eu tenho os meus motivos.
Talvez eu não seja tão rebelde assim.
Mas talvez eu seja muito.
Depende do ponto de vista de cada um.
Tento não transparecer tanto o que me faz infeliz, mas, seria muito forte dizer que sou infeliz.
Ok, às vezes todos nos sentimos um pouco infelizes, mas ao menos eu, acho que uma hora isso passa.
Ninguém é 100% feliz, ninguém é completamente realizado.
As pessoas querem sempre mais do que podem ter, nunca estamos satisfeitos com as coisas.
Fazendo então coisas por impulso muitas vezes pelo simples prazer de chamar a atenção.
Excêntricos.
Individualismo.
As pessoas não estão acostumadas com coisas desse tipo e eu, particularmente, adoro essa diferença dos modos de viver que cada um impõe a si.
Quebrar padrões.
Mudar radicalmente.
Chocar!
Tudo isso nem sempre quer dizer rebeldia.
O fato é que as pessoas tem a ridícula mania de julgar os outros e esquecem de pensar em si como mais um membro desse mundo tão injusto, esquecem do livre arbítrio, olham somente os outros e isso é o que importa, o que podemos chamar resumidamente de: fofoca!
A vida nada mais é do que um teste ao qual todos devemos passar.
Não adianta tapar o sol com a peneira e fingir que o mundo só existe pra você e que as outras pessoas devem ter uma vida mais ou menos semelhante a sua.
A rebeldia está nos olhos de quem vê.
Se cortar o cabelo um pouco diferente é rebelde, ok, então eu sou.
Se gostar de piercings, tatuagens e toda essa coisa de body modification é rebeldia, então eu continuo sendo rebelde.
As pessoas não tem coragem de admitir seus gostos, de viver intensamente, de fazer o que tem vontade, e assim, se privam de serem a si mesmo, fazendo com que suas próprias mentes acreditem que isso é ser rebelde.
A rebeldia nada mais é do que mais um rótulo inventado por essa sociedade clássica e escrota que insiste em julgar o livro pela capa.
Cansei.
Depois de tudo isso, acho que sou rebelde.
Meu ponto de vista está aqui, podem julgar, fofocar e achar aquilo que convém pra vocês, no final é tudo a mesma bosta de sociedade mesmo.
Então, “de que vale a minha, a sua e a nossa rebeldia?”